Infestação pelo Aedes cai, mas índice ainda é alto
O resultado do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa), divulgado no final da tarde de terça-feira, dia 8, pela Secretaria de Saúde de Itabuna em torno de 23,4%, apontou uma queda em comparação ao último divulgado em agosto deste ano que foi de 29,8%. Mesmo com a diminuição das larvas do mosquito nos domicílios, o secretário municipal de Saúde, Paulo Bicalho, disse que não há o que comemorar porque o índice ainda continua alto.
O LIRAa se refere aos meses de setembro e outubro, período em que o trabalho de campo foi ainda mais intensificado pelos Agentes de Endemias com visitas domiciliares. As ações se concentraram no controle e combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, mas o resultado está além do aceitável pelo Ministério da Saúde que preconiza índice de 1%.
Ainda segundo o levantamento, dessa vez o bairro Novo Horizonte foi o que apresentou maior presença das larvas do mosquito nos domicílios, saltando de 54% para 56%. Já no Mangabinha houve uma redução considerável caindo de 41% para 11%. O bairro São Judas é o único em Itabuna que se mantém em nível zero em termos de larvas em domicilio.
A coordenadora de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Tatiana Pires, adiantou que logo após o resultado do LIRAa, as equipes iniciaram ontem mesmo o trabalho de campo pelo Novo Horizonte com tratamento focal, pulverização no entorno das residências e a distribuição de telas para a adequada depósito cobertura de depósitos e reservatórios de água. A ação será estendida aos demais bairros da cidade.
O secretário de Saúde, Paulo Bicalho, atribui o alto índice do LIRAa, em parte, à crise hídrica que ainda não foi totalmente regularizada no município, apesar das chuvas, além das condições climáticas que favoreceram a renovação dos criadouros do mosquito na cidade com períodos de chuva altrnados por intenso calor, com o consequente aumento no índice de infestação.
“Vamos continuar com as ações de combate ao mosquito, buscando alternativas junto à Secretaria de Saúde da Bahia e o Governo Federal. Também vamos intensificar os apelos à população para que junte-se ao esforço do município num trabalho que não pode parar e que depende da cooperação de todos. Só assim poderemos eliminar o mosquito e nos livramos de uma possível epidemia como a que ocorreu no inicio deste ano”, afirma Paulo Bicalho.
O supervisor de Endemias Clodoaldo Oliveira, por sua vez, lembra que o Agente de Combate às Endemias faz visitas domiciliares a cada 60 dias, que servem para descobrir e tratar possíveis criadouros e também orientar as famílias sobre cuidados simples para o controle e eliminação do mosquito. Citou o exemplo de fiscalização de quintas, retirada ou inutilização de garrafas, vasos de plantas, latas, pneus e outros locais que sirvam de locais reter água e de criadouros do inseto. “Embora a circulação de arboviroses tenha diminuído, o Aedes aegypti continua ativo na cidade, o que é bastante preocupante, por causa do verão que se aproxima”, concluiu.